Situada em Moreira, Monção, a Quinta da Torre — anteriormente conhecida como Paço ou Quinta da Bemposta — é uma propriedade profundamente enraizada na história. Ao longo dos séculos, conheceu períodos de grande prestígio e fases de declínio, até renascer em todo o seu esplendor em tempos muito recentes, graças à visão e ao impulso de um dos mais dinâmicos e inovadores enólogos e produtores portugueses: Anselmo Mendes. Nativo de Monção, é alguém que conhece, respira e interpreta este território como poucos.

A Quinta da Torre estende-se por cerca de 50 hectares de vinha e integra uma notável casa senhorial quatrocentista, marcada pela presença de três torres que lhe conferem identidade e imponência. Já na época medieval, da sua adega partiam vinhos com destino a Inglaterra e ao Norte da Europa, testemunhando uma vocação exportadora antiga e uma reputação que hoje se procura honrar e ampliar.
O tempo presente é o do Alvarinho — casta branca emblemática que encontra no território de Monção e Melgaço condições excecionais para expressar toda a sua versatilidade e complexidade. Concorrem para isso as montanhas que protegem das influências oceânicas mais agressivas, a geologia e a estrutura dos solos, bem como o fator humano — essa camada cultural indispensável que molda práticas, escolhas e identidade. A conjugação destes elementos resulta numa expressão vínica de grande precisão e profundidade.

A propriedade está aberta a visitas e ao enoturismo, proporcionando uma experiência que vai muito além da prova de vinhos. Descobrir uma casa com mais de seiscentos anos, inserida num cenário de grande beleza, pontuado por espigueiros do século XVI e oliveiras milenares, seria por si só motivo suficiente para a visita. Mas há ainda os vinhos, os produtos locais para descobrir e saborear, e o Centro de Experiências do Alvarinho para explorar, instalado no espaço da antiga e mítica adega — lugar onde passado e presente se encontram de forma particularmente feliz.