Nesta manhã inteiramente luminosa, partimos da capela da Aveleira, atravessamos o rio Vez para a branda do Furado, já em território de Sistelo, e subimos até ao ponto de observação de parte do Vale Glaciar da Serra da Peneda *.
Depois, foi continuar a subir, lentamente, pelo curvilíneo carreiro de montanha, imersos no silêncio e na beleza fulminante da paisagem, até pararmos para confortar o estômago. Fizemo-la demoradamente, sentados num rochedo, enquanto o olhar deambulava livremente pelo vasto horizonte. Deu mesmo para dormir uma deliciosa sesta ao sol morno deste dia.
Voltamos ao trilho, passamos por uma pequena branda, por um bosque fresco, por manadas de gado, por equídeos bravios e entramos no percurso de regresso.
Por ali fora, um pé atrás do outro sobre as pedras desalinhadas, íamos observando o amplo Vale do Minho, as distantes terras galegas, os maciços rochosos de formas peculiares e as encostas escarpadas do Vez, a ganhar ali fúria e vertigem. Para atravessarmos depois a branda do Furado e regressarmos ao ponto de partida. Uma experiência de caminhada a rondar o puro deslumbre.
* “Por este, passou um antigo glaciar, extinto há milhares de anos, que foi formado por enormes massas de gelo, que por gravidade se deslocavam lentamente, moldando a superfície da montanha, formando os característicos vales em U. ” https://trilhos.arcosdevaldevez.pt/activities/trilho-do-glaciar-e-alto-vez/