O território do vinho Alvarinho é o noroeste peninsular, as Rías Baixas galegas e Monção & Melgaço na região dos Vinhos Verdes.
Aqui pouco nos interessa em que lado da fronteira surgiu primeiro, se foram os monges de Cister que trouxeram esta notável variedade para cá no séc XII ou se é nativa deste recanto dos confins da Europa. São pormenores para outros âmbitos de discussão.
O que nos interessa é que já por cá anda há muito tempo. É aqui o seu berço de crescimento, o seu infantário, a sua casa, o seu destino existencial. Podem levá-la para onde quiserem, com toda a legitimidade, diga-se. Pode aí, sozinha ou em aliança com outras, dar origem a vinhos fabulosos. Que assim seja, só temos que nos honrar e orgulhar disso. Mas aqui é outra coisa: é tempo no espaço e espaço no tempo. É um rendilhado de história, relações, hábitos e costumes. É cultura. É comunidade. É uma emoção, uma paixão, um sustentáculo de identidade. É Monção e Melgaço, Condado do Tea, O Rosal, Soutomaior, Val do Salnés e Ribeira do Ulla.
Por estas paragens respira-se antiguidade e contempla-se a presença da eternidade: na vastidão do Atlântico, na imponência das montanhas, na serenidade do rio Minho, no mistério dos caminhos de Santiago, na solidez das fortificações medievais, nas reminiscências da cultura celta – castreja…eis a síntese deste território.
Venha-o descobrir sem pressa no olhar nem no andar. Explore os seus diferentes terroirs, impregnados de subtilezas e particularismos, que promovem a diversidade na universalidade. De Vigo, cidade marítima aberta ao mundo e ao futuro, a cada uma das sub-zonas referidas é menos de uma hora de viagem. Menos que um instante.